Em Miami, as vendas de imóveis para estrangeiros representam 60% do total, sendo que 62% são pagos à vista e, adivinhe: os brasileiros também aparecem no topo da lista. “Os brasileiros adoram Miami. É lá que muitos deles passam férias e fazem compras”, disse a CEO da Miami Association of Realtors, Teresa Kinney. Ela acredita, que em 2011, vai se concretizar o maior número de vendas desde a crise. “Os últimos três anos são de vendas crescentes. Graças aos clientes internacionais, estamos saindo da maior recessão que já enfrentamos”, comemora.
Bill Armstrong enfatizou que o maior desafio dos Estados Unidos, no momento, é recuperar a confiança dos americanos no mercado imobiliário e aumentar a geração de emprego para melhorar o crescimento da economia local. No Brasil, o cenário é bastante diferente. Basílio Jafet, vice-presidente do Secovi-SP (Sindicato da Habitação) e presidente da Fiabci/Brasil (Federação Internacional das Profissões Imobiliárias), destacou aos participantes do Painel Internacional da Convenção Secovi2011 o bom momento econômico do País. “Estamos em uma rota sustentável de crescimento, com a inflação em níveis civilizados, aumento do número de novos empregos e crescimento da classe média”, relatou. Além disso, ele ressaltou os possíveis investimentos estrangeiros favorecidos pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Segundo Basílio, o setor imobiliário ainda enfrenta alto déficit de moradias para a nova classe média e apresenta grande potencial para a construção de empreendimentos comerciais na cidade de São Paulo, como escritórios e shopping centers.
Parque hoteleiro nacionalA Copa do Mundo e as Olimpíadas também foram apresentadas como boas oportunidades aos investidores estrangeiros presentes. A construção de novos hotéis para receber o grande volume de turistas aguardado para os dois eventos esportivos que o Brasil sediará em 2014 e 2016 tem se mostrado mais do que necessário. Aproveitando este gancho, Caio Calfat, coordenador do Núcleo Imobiliário Turístico e Hoteleiro do Secovi-SP, apontou os hotéis dos segmentos econômico e supereconômico, midscale, upscale, empreendimentos mixed use (com centros de eventos, escritórios, shoppings etc), retrofit de hotéis em endereços consagrados e condo-hotéis como excelentes oportunidades de negócios e investimentos.
Segundo Calfat, o programa BNDES ProCopa, que financia até 80% da construção de hotéis, com prazo de pagamento de 18 anos e carência de dois anos, aparece como uma boa opção para os investidores, o único problema é a dificuldade de enquadramento das empresas na iniciativa.